Vânia Ortiz

"Everything may be for a while."

Publicações do autor

Mudanças!

Um dia tudo muda, os bastidores revelam o lado real: o fantástico se torna banal, os valores se desgastam e os que restam, agarram-se no ar. A ciranda perde o encanto não canta, não anda, não quer mais girar.

Livre!

Solto as rédeas. Deixo o pensamento comandar o momento. O importante é me entregar, decolar desse porto sem cais, abandonar o navio, o vazio, caóticas e insolúveis situações. Ir onde ele bem me levar sem temer o que virá, o que verei, o que será. Sortear direções, represar previsões que erram à todo instante incorrendo …

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Aos Enamorados!

Hoje rimas reclamam versos: bailam pelo ar dissimulando os queixumes. Flores realçam cores e perfumes e se revestem das belezas do universo. Hoje, as dores pausam, secam o seu pranto, esquecem suas causas, silenciam ante a canção anunciando festa e festejam a vida que se manifesta. Hoje, o amor exerce seu poder e com força …

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Insana!

E ela renasce a cada fase da lua: rouba-lhe o brilho e lhe ofusca o luar, percorre as estrelas seu insano olhar e penetra o negro véu, indo além do céu. De seus lábios um balbucio visceral profetiza um tempo que jamais haverá igual. De repente, dança em estranho ritual e a cada passo avança, …

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Despedida!

Tempo de ir se despedindo da vida, aos poucos, sem pressa nem letargia, gerúndio a divagar em qualquer tempo colhendo a safra mais esperada, saboreando o fruto doce e oriundo de muitos outonos belos e profundos lacrados na memória, na história perpetuada de essências vibratórias, construída à duras penas ou em situações amenas, em que …

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Caminhos!

Piso caminhos intransitáveis, em chãos impalpáveis entre paisagens jamais tocadas ou maculadas pela vil exploração, domínio de reles conquistas, vítimas de cruel exacerbação. Onde ninguém se atreveu sem pesar o que perdeu, ou se perdeu. Abraço o desafio da entrega, desbravo a terra, saúdo o alvorecer, bendigo as flores, os amores, o entardecer, os espinhos …

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Tempos Conturbados!

Nesse tempo de rapidez tamanha, de não mais saber onde mora o longe, da tecnologia que nosso ar respira e o pensar expira, pois a tudo ela responde. Da compulsão de olhar para uma tela fria causando estragos, mentes doentias, largando um mundo inteiro para lá, juntando distâncias que se percorria com a emoção de …

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Manhã!

Amanhece. Entrego-me aos braços da manhã confiante na luz a me banhar clarão. Aninho-me em seu colo. Decolo. Alma desprendida alcança o céu e o traz para dentro de mim, o faz fazer parte de mim, liturgia ungida de sacramentos. Portas abertas, meu corpo é templo a contemplar a letargia do momento sacro, na fé …

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Madrugada!

Sou mais a madrugada arredia, que não é noite nem é dia. É orvalho e alvorada, oração intercalada no silêncio que prenuncia o novo que virá. Sou a madrugada interposta, mediando o morrer da lua e o nascer do sol a deixar no ar um ar de o que será? O abandono, onde todos vestem …

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Contraversões!

Em qual versão me perdi? Foram tantas que vivi, expostas e inconvincentes. Talvez em todas ou nenhuma. Ou, quem sabe, na tradução que imaginara ser tal qual o meu perfil. Porém, ele se modificara de acordo com os traslados dos dias a interferirem na alma, seguindo a revolução decorrente dos fatos que lacram, decepam, descartam, …

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