Lembranças!

Trago nas mãos,
uma colcha de esperas.
Um querer feito de silêncios,
alimentando orvalhos.
Guardo nos bolsos,
retalhos das manhãs,
que recolhi,
na vã ilusão de viver um dia.
Carrego na alma,
palavras inaudíveis
que talvez nunca sejam ditas.
Trago nas mãos,
gestos tão ternos,
impossíveis de serem traduzidos.